primeiro o sol nasce
(a desfocagem invoca um observador estremunhado)
depois vieram os mamutes
(a produção não encontrou mamutes; este cavalo bojudo de grandes dimensões aceitou o papel e pergunta se é este o seu melhor lado)
entusiasmado com tamanha força bruta, o homem inventou a roda (supõe-se que enquanto colhia bolotas vermelhas)
a poesia entra aqui e vem para ficar:
os meus verdes beijos
de frescos tanto
a tua face alva,
afloram, meu amor
e enlaçados, braços nossos têm
a mim e a ti, como em nuvens, minha flor
(uma coisa assim)
chega a geometria descritiva (no espectro do castanho)
na música, em português de camões - não há estrelas no céu, não, não há
(no chão é que há; há mas são verdes)
aparece o código de barras
(duplo e altamente confidencial, ainda não patenteado)
e o sol põe-se
imagens colhidas no leste da holanda, aos quatro graus celsius e aos seis dias andados em março de dois mil e dezasseis
Querida Susana, se eu soubesse fotografar como tu, punha aqui a fotografia do meu sorriso depois de ter visto esta maravilha! Fotos, legendas, tudo, tudinho é uma delícia, cozinhada com muito afeto, dedicação, sentido de humor, poesia e inspiração. O resultado é o que está à vista!
ResponderEliminarApesar de os quatro graus celsius, saio daqui com o coração aquecido.
Um beijinho contente :)
Minha querida Miss Smile, eu já lá vi fotografias muito boas no Notas de Chá! E estas, bem, agradeço as tuas palavras amigas, mas de arte fotográfica não têm nada, apenas tento não tremer as mãos enquanto disparo com o óculo quase em cima da florzinha. Ou do que for. :-) E às vezes sai focado.
EliminarQuem ficou contente fui eu.
Um beijinho agradecido :-)
Que maravilha, Susana. :))
ResponderEliminarObrigada, Ava. O mundo está cheio de maravilhas pequeninas. :-)
Eliminardoce Susana, obrigada pela história universal (condensada em legendas deliciosas :)
ResponderEliminarquerida flor, obrigada eu pela tua gentileza, sempre tão pronta. :-)
Eliminar(fiquei curiosa com a cor da tua gérbera... a minha foi cor-de-rosa com o olho quase preto, muito linda... e a tua?)
vermelha!
Eliminar:)
Acordo assim, um bocado amarrotada, desculpem, ainda não me maquilhei, e é quando vejo da janela o cavalo de Tróia com ar de ainda não ter digerido os homens todos, holandeses por supuesto, a fugir de ser fotografado do lado pior como o Julio Iglesias, e a seguir ia pisando uma granada disfarçada de bolota, encantada com as flores brancas que eram um lindo poema, é essencial a poesia, até que deparei com um mapa astral novinho em folha a indicar-me o biorritmo, a Penélope esqueceu-se que era o dia da mulher e continuou a bordar flores verdes a ponto cheio, lindas de morrer pousadas no colo, enquanto olhava perdida em pensamentos poéticos para um renque de árvores, esperando o seu Ulisses que tardava a surgir das águas, e então finalmente já maquilhada com as minhas cores preferidas saí para jantar fora. Estava maravilhosa.
ResponderEliminarEis como passei o dia de hoje, Susana, inspirada nas tuas belas fotografias; foi uma odisseia! :)
Que arte de estar, de ser!, maravilhosa, Teresa! Que pintura! Tomei as tuas palavras de um trago e que bem me souberam. Bolas, adorei!
EliminarObrigada. (posso ir contigo da próxima vez?)
:-)
Vamos! Já sabes, apareço vestida de violeta, com uma flor cor de laranja no decote...:)
EliminarMa-ra-vi-lho-so! :)
ResponderEliminar:-)
EliminarObrigada, luisa!
Bebem-se as imagens com os olhos enquanto sorrimos com a subtileza das palavras!
ResponderEliminarBeijos, Susana :)
Querida Maria, tu tens a poesia sempre contigo, como é que fazes isso?
EliminarBeijos de volta, todos admirados. :-)
Um blogue deslumbrado que tem voz - e é a voz das cores. Não podia ser melhor.
ResponderEliminarE a cor rima com poesia.
Imagens colhidas numa Holanda gelada a nos contar história. Gosto muito.
abço
Carmem, há quanto tempo. :-)
EliminarMuito obrigada.
Um abraço de volta, gostei de a rever.